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Entrevista com o autor Jorge Henrique Serpa Torres: explorando narrativas transmidiáticas no Ensino Médio

Entrevista com o autor Jorge Henrique Serpa Torres: explorando narrativas transmidiáticas no Ensino Médio

O autor assegura que a linguagem do livro respeita os padrões acadêmicos, mas mantém-se coesa, articulada e esclarecedora, tornando-o também acessível. Saiba mais!

 

As narrativas sempre desempenharam um papel significativo na vida do autor Jorge Henrique Serpa Torres, escritor de “As narrativas transmidiáticas no Ensino Médio: da leitura crítica da obra O Bem Amado à produção textual”, particularmente as ligadas à teledramaturgia. 

 

Ao abordar a leitura crítica da obra “O Bem Amado” em seu livro, Jorge Henrique Serpa Torres destaca a vocação transmídia da obra. 

 

Transformada ao longo do tempo de peça a novela, série e filme, a obra é não apenas culturalmente relevante, mas também aborda questões sociais profundas. Sua riqueza narrativa e adaptações variadas a tornam um ponto de partida ideal para explorar narrativas transmidiáticas no contexto educacional.

 

Por isso, a pesquisa de Jorge Henrique Serpa Torres adotou uma abordagem qualitativa, concentrando-se em uma sequência didática para envolver os alunos. 

 

“O Bem Amado” foi a obra central, e as propostas de produção textual consideraram linguagens contemporâneas, como memes, fanfics, podcasts e signos diversos. O objetivo era não apenas analisar, mas também engajar os estudantes no processo de criação.

 

Em entrevista exclusiva à Editora Dialética, Jorge Henrique Serpa Torres destaca mais pontos do seu livro capazes de agradar e despertar o interesse de diferentes leitores pela sua obra “As narrativas transmidiáticas no Ensino Médio: da leitura crítica da obra O Bem Amado à produção textual”. Confira!

 

Jorge Henrique Serpa Torres
Jorge Henrique Serpa Torres é professor de Língua Portuguesa e de Teatro. Possui graduação em Letras e mestrado em Linguística Aplicada. É coautor do livro Poder para Transformar.

 

1 – Qual foi a motivação inicial que o levou a realizar pesquisas sobre narrativas transmidiáticas no contexto do Ensino Médio?

 

R: As narrativas fazem parte da minha vida desde sempre. Sou fã de dramaturgia e principalmente de teledramaturgia. 

 

A transmídia foi indicação da minha orientadora, tendo em vista que é um conceito em voga e as narrativas transmidiáticas são uma tendência. 

 

Concluímos, dessa forma, que seria pertinente unir esses dois campos (transmídia e teledramaturgia) à leitura e à produção textual no Ensino Médio, por os jovens estarem inseridos no contexto das diversas mídias.

 

2 – Ao abordar a leitura crítica da obra “O Bem Amado”; no seu livro, como você percebe a importância dessa obra específica para explorar as narrativas transmidiáticas no contexto educacional?

 

R: Trata-se de uma obra com vocação para a transmídia. Ainda que em períodos não simultâneos, converteu-se de peça em novela e depois em série. Posteriormente, ganhou uma versão cinematográfica. 

 

Há também a versão da peça em livro. Em termos de valor artístico, é representativa por seu enredo popular e satírico, que dialoga com profundas questões sociais do país.

 

3 – Você poderia compartilhar um pouco sobre a metodologia utilizada em sua

pesquisa? Como você selecionou as obras transmidiáticas para análise e como envolve os estudantes do Ensino Médio no processo?

 

R: A metodologia foi qualitativa com foco em uma proposta de sequência didática que engaje os alunos. A obra referencial foi O Bem Amado, peça de Dias Gomes. 

 

As propostas de produção textual foram concebidas levando em consideração linguagens vigentes no repertório do aluno de hoje: memes, fanfics, podcasts, signos diversos.

 

4 – No decorrer de sua pesquisa, houve desafios específicos na especificidade e na análise de narrativas transmidiáticas no contexto educacional? Como lidou com esses desafios?

 

R: Como se trata de uma sequência didática, não houve dificuldades com a execução em si do projeto. As dificuldades se deram na tarefa de relacionar teorias diversas (gêneros textuais e conceito de transmídia).

 

5 – Quais são as principais conclusões ou descobertas que você destaca em relação à influência das narrativas transmidiáticas na leitura crítica dos estudantes do Ensino Médio?

 

R: As narrativas transmidiáticas tendem a fomentar nos alunos a noção de que a leitura e a escrita podem se efetivar de maneira atraente, além dos suportes e dinâmicas convencionais.

 

6 – Considerando a produção textual como parte do seu estudo, como você percebeu que a compreensão das narrativas transmidiáticas impactou a capacidade dos estudantes em expressar suas ideias de forma escrita?

 

R: Propus-me a executar a sequência com uma turma este ano. Foi um trabalho incipiente. 

 

Mas pôde-se perceber que os estudantes se engajaram na produção de textos que circulam em redes sociais, por exemplo, em que estão inseridos, e se surpreenderam positivamente com a possibilidade de suas produções se materializarem sob diferentes semioses.

 

7 – O livro é acessível para leitores com diferentes níveis de conhecimento sobre o assunto?

 

R: Acredito que sim. A linguagem respeita os parâmetros da redação acadêmica, mas me parece coesa, articulada e esclarecedora.

 

8 – Em termos editoriais, sobre a publicação do seu livro, como foi a sua experiência no geral?

 

R: Bastante exitosa. Espero consolidar a minha satisfação com o plano de marketing oferecido pela editora.

 

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